Reflexões sobre a Evolução e Revolução de Conceitos.

"Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."


A vida tem um movimento e ciclos próprios que tendem à evolução, à transformação e, também porque não, à revolução e nós devemos deixar isso fluir.


Acontece que o apego que temos aos nossos conceitos é que impede que essa força da natureza possa transcorrer naturalmente.

Tudo na vida chega uma hora que precisa mudar. O nosso jeito de viver, jeito de morar e também o jeito de ser. Precisamos deixar a evolução e a transformação acontecerem e muitas vezes precisamos mesmo, é revolucionar os nossos conceitos.

Só que para isso, nós precisamos perder algo que temos. Pode ser perder apenas nossas roupas que só estão guardadas, para caber roupas novas dentro do nosso armário. Pode ser evoluir a logomarca da nossa empresa, que apesar de bonitinha, já está sem vida e fora dos novos conceitos estéticos dos tempos atuais... E aquela loja linda! Que muda toda, apenas porque precisa mudar sua imagem para se adequar aos produtos que representa... E a nossa casa? Que mesmo com tudo aparentemente novo, a renovamos inteirinha, só para podermos viver com mais conforto e bem-estar. E por ai vai, as mudanças que de vez enquando, percebemos que precisam ser feitas na nossa vida!

Agora, a verdade é que, nesta vida estamos sempre precisando saber perder para poder ganhar. Essa é uma característica nata no ser humano, porque estamos no mundo, mas não somos do mundo! Nascemos aqui, apenas para evoluir e por isso vivemos mirando além da estrelas, já que trazemos na alma o selo do nosso criador.

Depois, tudo na natureza tem validade. É, validade!!! É, até um coração fica fora da validade e precisa de uma boa evolução ou transformação. Sabe! No coração guardamos aqueles sentimentos mais profundos de dor, mágoas e ressentimentos. Daí, de repente, chega uma hora, que o pobre coração fica pequeno para tanto “Cacareco”. É igual aquela casa do quadro do Fantástico, onde a Liga das Mulheres coloca uma economista doméstica para ajudar aquela família se desfazer do mundaréu de coisas que eles guardavam num espaço de morar tão pequeno. Que alívio para aquela família se desfazer daquilo tudo! Foi fácil?

Foi fácil nada! O apego é na verdade um grande entulho na nossa vida! O apego é uma coisa que vai... Bom! Deixa-me ver como o defino! Ah! A palavra é “encraquelando”. Para mim, essa palavra expressa exatamente o que é um apego que grudou, criou raízes, cristalizou...

Apego é mesmo aquilo que “encraquela” dentro da gente, na casa da gente, na vida da gente e até no corpo da gente.

Como limpar isso tudo. Nossa! Esses entulhos, às vezes dão para encher um caminhão! E quando a gente consegue se libertar, pensa no alívio! Alívio para casa, para o armário, para a vida e para o corpo.

Um dia, eu comentava com uma pessoa, lamentando, o fato de ter pedido sem mais nem menos uma grande amiga e aí essa pessoa me disse: Que nada menina! O que aconteceu é que sua amiga perdeu a validade! Aí eu falei: Como? Validade? Ela disse: Sim, você evoluiu e sua amiga não, então a validade dela para ser sua amiga venceu. Pois é! Só faltava essa! Porém me parece que tem muita verdade nisso.

Agora, acreditem, por mais moderna e conectada que a gente for, por mais espiritualizada que esteja a nossa alma, por mais que a gente exercite o desapego, vai ter uma hora que descobriremos que também possuímos apego "encraquelados”.

E aí, minha gente! O jeito que tem é evoluir, revolucionar e deixar as transformações acontecerem. Mudar os nossos pensamentos e conceitos.

Coisa que não é fácil nem para os santos! Já disse Anselm Grün, no seu livro “Seja Fiel aos Seus Sonhos” que diz: “Como nós os santos também sofriam com seus erros e fraquezas”. Só que ele explica que eles, os santos, disseram sim ao seu modo de ser e o colocaram a serviço de Deus.

Pois bem! Evoluir é como Chiara Lubich dizia, é uma corrida à santidade. E para ser santo só é possível vivendo a vontade de Deus no momento presente. Ou seja, a gente só evolui, se consegue mudar. E a nossa transformação só acontece, quando, vivendo completamente e plenamente o nosso "agora”, aceitamos as nossas misérias, fraquezas e erros e às colocamos a serviço do Bem Supremo.

Vejam! Quando a gente passa a se observar, as transformações acontecem obedecendo uma das leis da natureza, que a lei do Mínimo Esforço. Segundo Deepak Chopra: “... A planta não se esforça para crescer, ela cresce , o peixe não se esforça para nadar, ele nada...". É assim na natureza!

Percebo, nesta minha reflexão que a “Evolução e a Revolução dos Nossos Conceitos” só vão poder acontecerem se formos capazes de saber perder os nossos apegos. E para isso precisamos abrir a nossa vida para uma boa revisão. Rever nosso jeito de viver e morar , nosso jeito de ser e sobretudo tirar da alma e do coração aquilo que pesa e já não serve mais. Mas sobretudo precisamos ter a habilidade dos santos de transformar o que é dor em amor.

Transformar é uma lei da natureza que o nosso Lavoisier, já a definiu muito bem!

Vamos lá! A gente só precisa deixar acontecer! Simples assim.

Haydée Ferreira

Comentários

  1. E isso ai....Lindo mesmo o texto..
    Vc e uma paz sabia...
    Beijão...
    Luciano Poty....

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